não adianta! as pessoas insistem em se enganar achando que são livres. sinto em informá-los que não, nenhum de nós é livre. sinto-me até culpada de ser a responsável por avisá-los dessa triste realidade, mas seria ainda mais culpada se guardasse isso só para mim.
alguns de nós é preso á alguém, mesmo que não o possua, mas está com os pensamentos e sentimentos presos áquela pessoa. alguns são presos á ideais, á sonhos. outros são presos ao passado, ao que aconteceu ontem e que não vai voltar e que nunca mais será. esta é a minha situação. se é triste, eu não sei, talvez nem caiba a mim julgar, mas é mais complexo do que parece.
eu percebo (e isso muito me preocupa), que pessoas como eu nunca conseguem aproveitar 100% das coisas que vive. por que? não é culpa de ninguém, nem mesmo nossa, simplesmente não conseguimos e não há um motivo claro, real. acontece que nós estamos sempre pensando "ah, eu já vim aqui uma vez com os meus amigos, ciclano e beltrano, e foi maravilhoso!", ou pensamos "ah, eu poderia ter vindo aqui com o meu ex, fulano de tal.. acho que teria sido melhor!". é natural, inevitável e.. triste. muitas vezes as pessoas nos culpam por sermos ligados demais ao passado, mas vivemos dele. não é uma prisão daquelas tão insuportáveis e sofridas, não! é delicioso mergulhar nas profundezas das nossas recordações, isso nos faz sentir seguros.
quando estamos "sem amigos", recorremos, desesperados, ás nossas lembranças e lá, perdida nas profundezas dos nossos pensamentos, está aquela amiga de infância, que se dedicava á amizade que tínhamos e com quem podíamos contar em qualquer situação. quantas vezes isso já me aconteceu!
por isso, por esse simples motivo, não apago, em hipótese alguma, meus scraps do orkut! tenho que manter lá, seguras, as "declarações" dos meus amigos, para que um dia, quando eu me sentir sozinha e abandonada, eu as leia e acredite que já tive dias melhores. dia ruim todo mundo tem! e uma das minhas formas de superar os desafios é essa.
porém, eu devo admitir que prefiro ser presa ao passado, do que ter qualquer outro tipo de prisão. ás pessoas que são presas á outras pessoas não conhecem gente nova, dependem de um ou outro pra sair. não! acho que eu morreria, se fosse assim. algumas pessoas se impressionam por eu conhecer gente em todo lugar. mas eu preciso disso! sair sempre pro mesmo lugar com as mesmas pessoas é muito tediante! conheço gente em todo lugar e, acredite, eu tenho uma convivência íntima com a maioria das pessoas que conheço dependendo da fase pela qual estou passando. ás vezes até eu mesma me impressiono com essa minha capacidade!
ser presa á um ideal, ou á um sonho (o que não deixa de ser a mesma coisa, de certa forma) é algo interessante. você luta, corre atrás, não desiste do que quer e isso é fantástico! é uma característica de pessoas batalhadoras, admiro isso! mas... caso tanta luta não dê o lucro desejado... vem uma coisinha chata chamada frustração. é importante buscar o que se quer da mesma forma que é importante saber a hora de parar. quando se prende á algo que se deseja, você perde a noção da hora de parar e isso já é frustrante, imagina se tanta luta não tiver êxito! eu conheço uma pessoa que é assim: não desiste do que quer, é preso aos sonhos. é, ele teve uma frustração grande e agora tá tendo que recuperar todo o tempo perdido.
não que eu queira fazer apologia a nada, muito pelo contrário! acho que quanto mais livres somos, melhor, contanto que você tenha consciência das prisões ás quais pertence. mas eu amo e odeio, simultaneamente, estar presa ao passado, mas é a minha condição e, se você me ama mesmo, vai aceitar isso!
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- Pamella Caula
- nascida no dia 16 de julho de 1990, em fortaleza, pode ser definida de diversas formas estando algumas delas citadas a seguir: 1. pessoa afeita a extremos e hipérboles. 2. em constante mutação. 3. transparente. - "nem tente entender essa menina que acredita em destino, que não sabe se quer isso, aquilo ou tudojunto"
1 comentários:
"Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo... qualquer um pode recomeçar e fazer um novo fim". Medina me disse isso. Lá está a tónica no presente. E lá estamos nós presos ao passado. Ao grande amor das nossas vidas (quando, se soubermos aproveitar, podem ser vários os amores grandes que passam por ela); ao amigo que não perdoamos; à infância infeliz que nos marcou para sempre; ao parceiro que nos rejeitou e por aí fora... Uma coisa será certa (ou, pelo menos, quase garantida): não há espaço emocional para ser feliz e fazer felizes os outros. Estamos presos a algo que passou, que perdeu a materialização e que, por isso, não existe. E o mais provável é voltarmos a encontrarmo-nos com o passado e a percebermos que, afinal, a pessoas e/ou a história não fazem mais sentido no presente. Porque as pessoas mudam - nem sempre na mesma direcção -, porque o mundo avança, porque a vida transforma-se a cada dia que passa. E quando nos damos conta disso, aí sim podemos ser felizes. =*
Beijos linda.
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