é, no mínimo, engraçado sentir tanta falta de alguém.
a gente se separou e, por algum motivo infeliz, eu pensei que ficaria bem, que conseguiria esquecer. que estúpida!
acabei fazendo coisas que não deveria e isso me fez acordar arrependida achando que eu nunca te mereci.
o pior de tudo é que tudo que eu fiz foi com a melhor das intenções, achando que, assim, eu te esqueceria, que eu superaria. que ingênua! isso só me fez pensar mais e mais em você.
mas o que me dói mais é ver que, mesmo depois de tudo que você disse, que também não estava bem, que tava sofrendo, você está. eu me pergunto se é tudo uma mentira e você está escondendo alguma coisa, mas, pra mim, você pareceu muito bem. e, não, eu não quero te ver sofrer (e, pra ser bem sincera, nem eu queria estar sofrendo), mas não consigo entender como uma relação como a nossa pode terminar como terminou e você estar tão bem. é como se você não sentisse a minha falta.. isso me faz querer morrer.
sim, eu tô deixando todo o meu orgulho de lado pra escrever isso, mas eu nunca tive orgulho nenhum mesmo nessa relação.. não há nenhuma novidade.
enquanto eu tô aqui.. não há uma descrição pra como eu estou, você está bem, saindo com seus amigos, rindo e fazendo as mesmas coisas que fazia quando eu estava ali, como se eu nunca tivesse existido. e eu, cada vez mais sozinha...

amor-amigo.



yan - amiga, se nada der certo, vamo casar?
pamella - como assim? tem alguma dúvida de que é isso que vai acontecer?
yan - não.. se você quiser, pode ter seus casos por fora, eu tenho os meus, mas vamo casar?
pamella - vamo, sim, claro! eu já sonhei que isso acontecia.
yan - talvez nada dê certo, mas eu não quero ficar só. quero ter alguém do meu lado pra sempre.
pamella - tenho certeza de que essa pessoa sou eu.
yan - e eu tenho certeza que é você. daria tão certo.. imagina como a gente ia se divertir juntos..
pamella - muito! até quando a gente brigasse, íamos rir um com o outro.
yan - muito! a gente não ia conseguir se levar a sério.
pamella - pois então, tá combinado.
yan - te amo.
pamella - eu também, muito.

meu nome é confusão.

sempre me achei muito simples. acho que sempre tentei demais passar uma imagem para as pessoas de como eu era descomplicada. a verdade é que eu não gosto de coisas complicadas, o que não exclui o fato de eu ser cheia de problemas. sempre admirei as pessoas que não expressam suas dificuldades e defeitos pra todo mundo ver. aquelas que escondem tudo isso no mais profundo do íntimo. mas, infelizmente, nunca consegui ser uma dessas pessoas.
a minha vida inteira foi cheia de complicações, mas ninguém tem nada a ver com isso. o fato é que eu, com toda a minha transparência que muitas pessoas admiram, sou absolutamente incapaz de esconder o que se passa na minha cabeça. e sofro de algum disturbio (só pode ser essa a explicação) que me faz mudar constantemente de humor, daí a frase "constante mutação", não é exagero, é verdade.
eu sei que sou dramática e sentimental demais e sei que não deveria me importar tanto com as coisas, mas ainda não tenho controle sobre isso, por favor, não me julgue. a verdade é que eu não sei o que eu quero. nunca sei. tento colocar tudo em uma balança e ver sempre o lado positivo das coisas, mas eu também não sou uma pessoa muito positiva. não sei até que ponto algo me faz bem ou mal. todavia, existem coisas que não se medem. amor é uma delas. e, na minha tentativa frustrada de medir tudo isso e de colocar numa balança, eu sempre acabo ferindo á mim e ao outro. juro que a intenção é boa, eu só quero que todo mundo seja feliz, mas eu nunca termino bem nessa história. e aí é que começa o verdadeiro problema.
se, em um dia qualquer, eu não acordo bem, ou, por algum motivo, fico de saco cheio das coisas, todo esse ciclo vicioso se vira contra mim. acontece que, nesse dia qualquer, eu começo a pensar se as coisas têm realmente valido a pena e eu começo a achar que não tenho sido boa o suficiente e resolvo que é melhor colocar um ponto final na história. o amor não acabou, eu só não estou bem, como milhões de pessoas por aí também não estão, mas eu não consigo me controlar! argh.
só sei que eu tô me sentindo péssima. acho que falei demais e, principalmente, pensei demais.
pronto, acho que consegui desabafar um pouco. e espero conseguir mudar também.

O amor, um clichê.

Inspirei-me para escrever esse texto enquanto lia a primeira crônica do livro "Non-stop" de Martha Medeiros, "Ponto G".

Não sei dizer quando, exatamente, as pessoas se tornaram tão fechadas, nem o porquê dessa mudança. Muitos de nós insistimos em negar, porem a realidade é que, quando se trata de sentimentos, nós queremos ser clichês.
Atualmente, acho que as coisas são tão casuais que as pessoas esquecem o que há (ou deveria haver) por trás de toda essa casualidade: paixão, ou melhor, amor e, pra ser ainda mais precisa, palavras. As pessoas esquecem de dizer o que sentem, ou fingem não sentir pra não terem que dizer, ou não sentem e não dizem. Não sei bem qual é o problema, mas algo com certeza está errado.
Desde quando Vinícius de Moraes é brega? E Chico Buarque? Não sei que mundo é esse em que as pessoas esquecem de viver os relacionamentos. Pode não parecer, mas as palavras possuem um poder indescritível sobre os seres humanos. Todos nós queremos ouvir. Não falo de declarações eloquentes e exageradas, falo do simples, do singelo e, principalmente, do verdadeiro.
Chega, quase, a ser racional só falar do que se sente verdadeiramente, contanto que sinta algo e que expresse...
Acho o medo do clichê normal. Eu mesma não gosto de ser clichê (embora seja uma das pessoas mais clichês que conheço), porem o amor não tem disso. No amor não se deve ter medo de ser piegas, ridículo. Já dizia Cazuza "o amor é o ridículo da vida". E termino esse texto citando uma frase do filme "De repente é amor" que diz que "se você não está disposto a parecer ridículo, você não merece estar apaixonado".


Recomendações
Para ler: Martha Medeiros
Para ouvir: Chico Buarque - O meu amor
Para assistir: De repente é amor
sou uma colecionadora-nata. faz parte da minha natureza colecionar tudo que me interessa. por isso, hoje resolvi - finalmente - fazer uma lista dos meus filmes preferidos, estando eles na estante ou não. simultaneamente, ajudo as pessoas que tiverem interesse em me presentear e não saibam como, embora seja algo bem simples. "quer me presentear? alimente minhas coleções, obrigada".

O fabuloso destino de Amelie Poulain (na estante)
Closer - Perto demais
Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças
500 dias com ela
Tudo acontece em Elizabethtown (na estante)
De repente é Amor
Simplesmente Amor (na estante)
Diário de uma Paixão
Peixe Grande
Juno (na estante)
Antes do Amanhecer
Antes do Pôr-do-sol
O Presente
Em busca da Terra do Nunca (na estante)
Efeito Borboleta (na estante)
O Grande Truque
A Outra
Moça com Brinco de Pérola

Lembrei desses, por enquanto. Depois coloco mais.