2008 e desejos para 2009.

Eu diria tranquilamente que é impossível descrever em um texto apenas o ano de 2008, um ano que começou sofrido, desgraçado e que termina me confortando.
É difícil começar um ano perdida e eu tinha a certeza, no dia 31 de dezembro de 2007, que 2008 definitivamente não seria o melhor ano da minha vida.
Neste mesmo dia, inconscientemente, eu sabia que terminaria mais um ano só, embora meu coração não quisesse acreditar e sabia também que não seria um ano fácil pra mim. E não foi.
Eis que este ano do qual estamos falando, começei e terminei sozinha, como já esperava. Não que eu esteja, ou estivesse fazendo tanta questão assim de alguém na minha vida e não que eu só pense nisso, mas digamos que eu queria pelo menos sentir algo verdadeiro por alguém.
Voltando ao que eu ia dizendo, no dia 2 de janeiro, dentro do avião, voltando á Fortaleza (eu estava em Buenos Aires), enquanto admirava a longínqua paisagem, refletia sobre o reveillon, sobre o meu coração, sobre o rumo que minha vida tomaria apartir de agora e sobre o rumo que a vida dos meus melhores amigos tomaria. Se eu pudesse voltar no tempo, jamais teria saído de Buenos Aires.
Todavia voltei ao meu recanto e nele tive de encarar a realidade de uma faculdade, que não é fácil e passar pela terrível decepção para com o curso que escolhi estudar, não que arquitetura seja ruim. Pelo menos não acho isso hoje. Tive de conviver com a distância dos meus amigos, com o término da minha "relação" com o Renan e por todos esses tolos motivos, acabei entrando em uma depressão da qual achava que jamais me curaria, até que, no auge do sofrimento, reencontrei o amor de Deus, que me salvou disso tudo e de muito mais.
A distância dos meus amigos já não me doía tanto assim e quanto ao Renan... Quem é Renan mesmo? Pois é, e logo nesse período, a Cinthya voltou do intercâmbio para trazer felicidade e união aos amigos até então distantes. E foi um dos melhores julhos da minha vida. Redescobrí naquele tempo o sentido da amizade, que já havia esquecido e decidí pelos amigos que valem a pena.
Depois, voltando a realidade cotidiana de estudante de arquitetura e descobrindo a felicidade de ser uma estudante, afinal nunca havia sentido isso, conhecí pessoas que não pretendo esquecer nunca. Pretendo rir das minhas relações com elas na mesa, durante o almoço, com minha família.
Não posso deixar de citar a partida da minha melhor amiga, que me trouxe muita segurança e independência, embora tenha vindo junto a dor.
E também não pode ficar para trás a alegria que me invadiu ao saber que meus amigos, os quais tanto amo, conquistaram, mesmo que por atalhos, os sonhos desejados. Não vejo ninguém frustrado, não vejo fracassados, nem fracos, muito pelo contrário, vejo pessoas felizes, que podem conquistar o que quiserem, onde quiserem. Vejo homens, mulheres e hava amanhã pra tanto ontem!
E assim 2008 seguiu. Nesse ano, Deus fez muitas obras na minha vida, plantou muitas sementes, que serão colhidas. Amém.
Hoje, 31 de dezembro de 2008, posso ver como ter voltado de Buenos Aires valeu a pena. Posso ver que tenho muito ainda o que fazer da vida, ainda sou uma menina, só tenho 18 anos. E que venha 2009! Colorido, cheio de sorrisos e abraços e repleto de felicidade! Não só pra mim, claro, mas pra todos aqueles que amo, que não gosto e que sequer conheço!
Feliz ano novo a todos !

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