
Abro os olhos forçada pela luz que invade o quarto. Ao longe, ouço o bater do vento nas folhas das árvores. Esse som mantém um ritmo constante e tranquilizante. O vento entra forte no quarto, com leves sussurros. Pergunto-me se isso é o paraíso.
Lentamente, me sento, ainda com os olhos exitantes em abrirem-se. Meus pés, que antes eram aquecidos pelo lençol que os cobria, agora sofrem o choque de tocar o chão frio e eu levanto. Algo parece me carregar em direção ao banheiro, enquanto eu ando tateando as paredes do pequeno aposento.
Chegando no lavabo, minhas mãos procuram a torneira. Depois de alguns segundos, ligo-a, finalmente, e assusto-me com a temperatura da água. Mesmo assim, encho as duas mãos e molho o rosto, acordo. Faço-me, então, as perguntas de rotina: que dia é hoje? "Domingo!". Não preciso pensar em mais nada, a alegria de não ter compromissos já tomou conta de mim.
Volto cambaleando para o quarto, em direção á cama. Uma última olhada pela janela: os edifíos, que me cercam (e sufocam, admito), as árvores, o céu cheio de núvens da cor de algodão; então posso deitar e voltar para onde tudo começou.
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